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terça-feira, 9 de março de 2010

Brinquedo de Miriti como patrimônio cultural do Pará


Projeto de Carlos Martins é aprovado na CCJ

Do Blog do Dep. Estadual Carlos Martins.


Os deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Pará aprovaram hoje, 09 de março, o projeto que institui o brinquedo de miriti como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Pará. A proposição, de autoria do deputado Carlos Martins – PT, foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares presentes na sessão.

Os Brinquedos de Miriti representam uma manifestação artística espontânea, da criatividade dos produtores, seja no uso de cores primárias e poucas misturas (azul, vermelho, amarelo, verde, preto), como na forma utilizada, que sempre reflete o universo caboclo, suas influências urbanas e afetivas.

Miriti – Esse brinquedo é originário de uma palmeira, o miriti (Mauritia Flexuosa), caracterizado por seu grande porte. Esta palmeira é comumente encontrada na paisagem das áreas inundadas da região amazônica, incluindo as várzeas e os igapós.
A matéria-prima utilizada no artesanato é o pecíolo, popularmente conhecido como 'braço ou talo' e que pode atingir até 5m de comprimento. Essa parte nada mais é do que a medula da palmeira, constituída por fibras finas e longas.

Os artistas, com ferramentas rústicas (normalmente facas e facões), esculpem e montam as peças segundo suas referências pessoais. Alguns se especializaram em barcos, outros em bonecos dançarinos, cobras, jacarés, madeireiros, pássaros, insetos perfeitos, vaquinhas, aviões, rádios de pilha, televisões. A escolha deste ou daquele motivo é parte da crônica individual de cada autor ou família de autores.


Política cultural em 2010

Do blog hupomnemata


Análise concentrada, esta semana, para a PEC 416/2005, a Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema Nacional de Cultura (SNC), e que define, dentre outras questões, o compartilhamento de orçamentos e a divisão de responsabilidades da gestão cultural entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A PEC está sendo analisada por uma Comissão Especial, instalada na Câmara dos Deputados, na semana do carnaval. Também está em análise na Câmara o Projeto de Lei 6.835/2006, que institui o Plano Nacional de Cultura e a PEC 150, que destina um percentual mínimo de verbas para a cultura. O debate sobre um orçamento decente e qualificado para a Cultura tem suas origens em recomendações da Organização das Nações Unidas, prevendo um piso mínimo de 1%, que foi ratificado pela Agenda 21 da Cultura para as Cidades, aprovada em 2004, em Barcelona, no Fórum Universal das Culturas e, de certa forma, reiterado pela Convenção da Unesco sobre a Promoção e Proteção da Diversidade das Expressões Culturais, aprovada em dezembro de 2005, em Paris.

O orçamento do Governo Federal para o setor cultural, em 2010, é de 2,2 bilhões de reais. O maior da história do pais. A base do orçamento para a cultura, em 2010, está em duas rubricas: R$ 800 milhões para o Fundo Nacional de Cultura investir nas diversas linguagens (Artes; Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural; Memória e Patrimônio Cultural Brasileiros; Livro e Leitura etc.) e R$ 240 milhões para apoiar projetos dos governos estaduais.

MOCULMA e INOVACINE reverenciam o negro no cinema

Parceria entre poder público e entidade popular promove oficina de cineclubismo durante a programação do Projeto Tela de Rua em comemoração ao aniversário de 16 anos do MOCULMA.


Instituído como o Dia Municipal e Estadual da Umbanda e dos cultos afro-religiosos de Belém e do Estado do Pará, 18 de março é uma data que registra e resgata a memória da luta de Mãe Doca, que fez rufar os seus tambores em louvor aos Deuses africanos e indígenas por ela cultuados. Por esse motivo, o INOVACINE, em parceira com o MOCULMA - Movimento Cultural da Marambaia, realiza a oficina de formação cineclubista “O negro no cinema de Nelson Pereira dos Santos”.



O evento, que acontece entre os dias 15 e 17 de março, na escola pública República de Portugal, integra uma série de ações organizadas pelo Instituto Nangetu; ACAOÃ; Konsenzala de Kafungê; ACIYOMI; FEUCABEP; Casa Brasil África e GEAAM/ UFPA; Rundembo Ngunzo de Bamburrucema, AFAIA; INTECAB-PA; GARRA; Terreiro Dois Irmãos; Terreiro de Nagô de Iemanjá; Mawukwe Toy Vodunnon Aluísio de Lissá.


De acordo com o artista afro-religioso Arthur Leandro, a data demarca um campo de organização e luta do segmento afro-religioso pelo direito à livre expressão, contra a intolerância religiosa e pelo direito à cidadania. Ele diz que mesmo enfrentando a repressão e perseguições de aparatos policiais, Mãe Doca nunca abriu mão de reverenciar em culto às suas divindades.

Arthur Leandro, Artísta e Afroreligioso, vê no cineclubismo um caminho para a luta contra a uniformização e a intolelância religiosa através da formação cultural das novas gerações.


“Ao praticar ritos de matrizes culturais africanas e indígenas, Mãe Doca é o símbolo da resistência contra o preconceito e a intolerância, e também da preservação das diversas cosmologias e dos conhecimentos tradicionais de povos minoritários”, afirma.


OFICINA TEMÁTICA - Aberta à comunidade, a oficina vai abordar a prática cineclubista e ao mesmo tempo focar a temática étnica, mediante a exibição e abordagens críticas de filmes como O AMULETO DE OGUM, TENDA DOS MILAGRES e RIO ZONA NORTE (todos de Nelson Pereira dos Santos) e ainda BARRAVENTO (que é de Glauber Rocha, mas que tem a montagem de Nelson).

O coordenador do INOVACINE, Francisco Weyl, informa que esta é a primeira oficina temática do projeto, que realiza sessões cineclubistas em pontos de cultura e infocentros do programa NavegaPará. Ele acredita que o INOVACINE está a se solidificar como um projeto de raízes comunitárias.

Francisco Weyl, coordenador do INOVACINE em ação no Projeto Tela de Rua do MOCULMA, onde é colaborador e um dos fundadores da entidade.

“Acabamos de sair da Teia da Cultura Amazônica, onde os pontos de cultura nos receberam de braços abertos, e, agora, chegamos à Marambaia, que tem um movimento social forte e criadores de densa produção, ou seja, estas parcerias abrem caminhos para que as comunidades possam ter acesso e produzam elas próprias uma nova cultura audiovisual”.

Esta não é a primeira vez que a Fapespa apóia os movimentos sociais. Ano passado, a Fundação fez parceria com o Fórum dos povos e das comunidades tradicionais e coordenou um seminário no projeto Casa de Caboco, durante o Fórum Social Mundial.

A programação integra a programação do projeto Tela de Rua em comemoração ao aniversário de 16 anos do MOCULMA - Movimento Cultural da Marambaia.

SERVIÇO: Oficina de formação cineclubista O NEGRO NO CINEMA DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS.

Período: 15, 16 e 17 de março de 2010.

Horário: 15 às 18h.

Local: Escola República de Portugal (Rua Anchieta, próximo final da linha Djalma Dutra). Em comemoração ao Dia Municipal e Estadual da Umbanda e dos cultos afro-religiosos de Belém e do Estado do Pará.

Organização: MOCULMA e INOVACINE. Coordenação: Francisco Weyl, Mateus Moura e Miguel Haoni.

Parceira: Associação Paraense dos Jovens Críticos de Cinema, APJCC; Cineclube Amazonas Douro.

Informações: 8179-6684 e/ou moculma@gmail.com

Ascom/Fapespa/Assessoria de Imprensa MOCULMA.